sábado, 26 de novembro de 2016




 
Revisão do Livro Avaliação Desmistificada - Charles Hadji 

A avaliação formativa uma utopia promissora: uma forma de avaliar que ao mesmo tempo em que avalia confere e possibilita a formação. Em tese existe, mas é uma utopia. O autor não acredita que qualquer tipo de forma de avaliação direta possa vir proporcionar acréscimo a formação do aluno. A avaliação só é uma constatação daquilo que já foi realizado. O processo de ensino/aprendizagem já ocorreu e a avaliação é uma constatação. A avaliação não tem capacidade de alterar aquilo que já aconteceu, serve de base para a produção de novas formas de ensino/aprendizagem. A avaliação não deve ser considerada uma medida, ou seja, uma nota algo puramente quantitativo. A avaliação tem múltiplas facetas: a avaliação implícita (que não está explícita) a avaliação espontânea (que o aluno faz sem visar nota) avaliação restituída (oficial) a avaliação normativa (que é a capacidade de seguir as normas que foram dadas para a efetivação daquela avaliação) avaliação criteriada (que se dá critérios antes para o aluno seguir) avaliação prognóstica (que aponta caminhos) avaliação formativa; avaliação acumulativa existe várias formas de avaliar o aluno e todas estas formas podem ser usadas para constatar o sucesso ou fracasso do seu método, o que não se pode fazer é resumir a avaliação a uma nota. A avaliação ela compreende uma questão qualitativa e não quantitativa. Objetividade quantitativa existe: o professor é extremamente objetivo na correção dele? A nota depende do contexto do aluno influencia na quantificação da nota; “A avaliação é uma atividade de confronto entre a situação real e as expectativas referentes a esta situação”. 





Avaliação da aprendizagem - Cipriano Carlos Luckesi

A avaliação é sinônima de sucesso é a parceira ao alcançar os objetivos. A avaliação produz um indicativo à solução decorre da gestão, decorre da decisão e do investimento na produção do resultado que se deseja, se espera e se investe nele para a construção. Provas e exames, segundo o educador, são apenas instrumentos de classificação e seleção, que não contribuem para a qualidade do aprendizado nem para o acesso de todos ao sistema de ensino. A avaliação é constituída de instrumentos de diagnóstico, que levam a uma intervenção visando à melhoria da aprendizagem. Se ela for obtida, o estudante será sempre aprovado, por ter adquirido os conhecimentos e habilidades necessários. A avaliação é inclusiva porque o estudante vai ser ajudado a dar um passo à frente. Essa concepção político-pedagógica é para todos os alunos e por outro lado é um ato dialógico, que implica necessariamente uma negociação entre o professor e o estudante. A avaliação exige uma postura democrática do sistema de ensino e do professor, ou seja, para proceder à melhoria do ensino-aprendizagem, não basta avaliar somente o desempenho do aluno, mas toda a atuação do sistema. A aprendizagem melhorará se o sistema melhorar. Por sistema estou entendendo todos os condicionantes do ensino-aprendizagem; porém minimamente, o professor, sua aluna, o material didático utilizado, a sala de aula. A responsabilidade por desempenhos inadequados não depende só do aluno nem só do professor, porém minimamente, da escola e abrangentemente, do sistema de ensino, como um todo.                             




Portanto, ao confrontar os autores citados a cima, observa-se que avaliar é muito mais do que aplicar um teste, uma prova, fazer uma observação, saber se um aluno tem mérito a esta ou aquela nota, este ou aquela apreciação. Ao avaliar o aluno o professor está avaliando também sua prática pedagógica, bem como, serve de orientação sobre o que ele conseguiu ensinar. Por isso dizemos que a avaliação contribui para a melhoria da qualidade da aprendizagem e do ensino. Avaliação é sim uma ação rigorosa de acompanhamento da aprendizagem, admitindo assumir o conhecimento do que se aprendeu e do que não se aprendeu e reorientar o aluno para que ultrapasse suas dificuldades, o que implica é aprender significativamente. Comprova-se ainda que não seja plausível fazer com que todos os educandos se destinem àquilo que almejam, mas, ainda assim, é indispensável alertá-los continuamente.




REFERÊNCIAS

HADJI, Charles. Avaliação desmistificada. Tradução de Patrícia C. Ramos. Porto Alegre: Artmed,2001. 

LUCKESI, Cipriano. Avaliação da aprendizagem. 19 min. 2002. Disponível em: https://www.youtube.comJqSRs9Hqgtc&ab channel=Edi%C3%A7%C3%B5esSMBrasil. Acesso em: 26 nov. 2016.

"Eu quero desaprender para aprender de novo.
Raspar as tintas com que me pintaram.
Desencaixotar emoções, recuperar sentidos."

Rubem Alves