sábado, 3 de dezembro de 2016

REFLEXÕES SOBRE AVALIAÇÃO

O que queremos que os alunos aprendam e sejam capazes de fazer devem guiar a preferência e a representação da avaliação. O alinhamento é necessário, pois é a conexão entre os objetivos de aprendizagem, atividades de aprendizagem e avaliação.  Alinhados estes, significa que os objetivos de aprendizagem, atividades e avaliações correspondem para que os alunos aprendam o que se pretende e necessita avaliar, ou seja, o que os alunos estão aprendendo. Os objetivos são as expectativas do desempenho dos alunos, as atividades são as experiências que os alunos se envolvem e que os prepara para alcançar o objetivo de aprendizagem pretendido. A avaliação é um aparelho para colher evidências a propósito da aprendizagem do aluno que podemos aproveitar para aperfeiçoar e fazer análises sobre a aprendizagem. Quando as atividades de aprendizagem se alistam diretamente com os objetivos de aprendizagem e as avaliações aferem com perfeição o que os alunos estão aprendendo, é mais simples alcançar seus objetivos.  É necessário manter a conexão entre o que você ensina e avaliar o mais equivalente admissível, para que os alunos avançam em direção aos objetivos de aprendizagem. Para tanto, para utilizar a avaliação para melhorar a aprendizagem dos alunos, os professores precisam ser conscientizados da precisão de tal progresso e da avaliação do papel que devem exercer neste processo. Neste ponto de vista é importante que o educador busque maneiras para volver a avaliação uma ferramenta complementar da aprendizagem, ao invés de descontextualizar o ensino, a avaliação deve cumprir o papel de produzir um cenário prazeroso e atraente.  A avaliação influencia todos os aspectos da educação dos alunos as mudanças na mesma resultarão em transformações na aprendizagem, por isso deve tomar muito cuidado e reconsiderar as práticas de avaliação, pois dentro da atual estrutura educacional o aluno é considerado como um produto e o sucesso da avaliação como a moeda. O que se observa neste cenário, tanto no ensino básico quanto em outros níveis de ensino, é que os métodos de avaliação de desempenho dos alunos, têm se estabelecido basicamente em avaliações somativas(provas). Avalia-se mecanicamente também a disciplina dos alunos, trabalhos feitos em sala de aula ou em casa, exercícios propostos, dentre outros. Conforme Luckesi (2011) as provas muitas vezes não enquadram com o processo de ensino e de aprendizagem. As notas finais da avaliação são deferidas por meio de soma ou pelas médias, mas, segundo este autor, as médias consideram os números, as pontuações dos alunos nas avaliações, e não o aprendizado e desenvolvimento do apreendido. Essa desarticulação entre as avaliações e a aprendizagem significativa causa insatisfação e descrédito por parte dos alunos, que por muitas vezes, implica na evasão escolar.  A avaliação na verdade deve contemplar a melhor quantificação possível dos potenciais dos alunos. Cada educando tem sua própria capacidade de aprender. A avaliação é uma chance de exteriorizar a aprendizagem, deve ser um mecanismo que possua caráter significativo no processo de ensino e de aprendizagem, cujo resultado ultrapassa a mera reprodução dos conteúdos estudados em sala. Ao avaliar os alunos, o professor deve na medida do possível, considerar as diferenças e níveis de aprendizagem de cada um.


NOVAS FORMAS DE AVALIAR



Games: Os games educativos permitem aos alunos que aprendam o tempo inteiro enquanto jogam, na medida em que vão passando de fase ao contrário de uma prova tradicional. Cada estudante tem seu próprio ritmo de aprendizagem, o que traduz o grau  de cada um. 


 Desafio: O professor dá uma missão para o aluno e ele, com as habilidades que vem desenvolvendo na escola, precisa resolvê-la. Essa missão pode ter inúmeras características. A cada contato entre empresa e aluno, uma missão é dada e o aluno é desafiado a conclui-la. Na escola, o desempenho dos alunos nessas missões podem ser considerados para compor sua nota na disciplina mais cabível. A intenção é fazê-los sair de suas zonas de conforto e desenvolver regras de convivência, trabalho em equipe e autoconhecimento.


Badges e pontos: Os badges (em um paralelo simples, como se fossem medalhas dos escoteiros) vêm se popularizando como um mecanismo de recompensa em jogos casuais e redes sociais na qual o usuário faz um check-in e, por isso, ganha pontos a cada lugar em que marca onde está. Transportados à educação, os badges podem ser usados para demonstrar a conclusão (bem sucedida) de uma atividade. 


Trabalhos reais: O incentivo aos estudantes para que saiam para fora da sala de aula e realizem trabalhos de verdade. 


Lideranças virtuais: Criação de vídeos virais, escrever textos ou publicar seus próprios blogs etc. Contar com a internet e as tecnologias móveis para potencializar o talento de seus alunos. 


Talentos: Ao contrário dos pontos oferecidos apenas para as atividades realizadas na escola, a avaliação não vem dela, mas do cotidiano desses jovens, do mundo real deles.

Personalização: A avaliação precisa ser personalizada ao aluno, não padronizado para o sistema. O ambiente virtual entrega o conteúdo aos alunos de diferentes formas e lhes propõe atividades ou exercícios, de acordo com o desenvolvimento de cada um.



Portfólios virtuais: Os estudantes reunem suas produções – sejam músicas, desenhos, textos, vídeos etc. Esses materiais podem ser hospedados em um blog, na intranet da faculdade e da escola ou até mesmo em programas gratuitos adotados pelo professor para compartilhamento de arquivos. 

(8 formas de avaliar sem ser por múltipla escolha)                                                                   https://www.porvir.org/8-formas-de-avaliar-sem-ser-por-multipla-escolha/


Rubrics: ferramenta de avaliação ou um conjunto de diretrizes utilizadas para promover a aplicação consistente de expectativas de aprendizagem. São usadas também como instrumentos de pontuação para determinar as notas ou o grau em que os padrões de aprendizagem foram demonstrados ou alcançados pelos alunos.


Reflective journals: são registros pessoais das experiências de aprendizagem dos alunos. Revistas reflexivas e registros de aprendizagem podem ser úteis como uma ferramenta de ensino e aprendizagem. Qualquer formato pode ser adotado em qualquer disciplina onde você pode determinar. 



“Uma aprendizagem mais profunda pode levar a novas dimensões do eu interior dos alunos.



REFERÊNCIAS

 LUCKESI, C. C. Por uma prática educativa centrada na pessoa do educando. Revista ABC EDUCATIO, n. 60, p. 22 – 25, out. 2006.


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