O
que queremos que os alunos aprendam e sejam capazes de fazer devem guiar a preferência
e a representação da avaliação. O alinhamento é necessário, pois é a conexão
entre os objetivos de aprendizagem, atividades de aprendizagem e avaliação. Alinhados estes, significa que os objetivos de
aprendizagem, atividades e avaliações correspondem para que os alunos aprendam
o que se pretende e necessita avaliar, ou seja, o que os alunos estão
aprendendo. Os objetivos são as expectativas do desempenho dos alunos, as atividades são as experiências que
os alunos se envolvem e que os prepara para alcançar o objetivo de aprendizagem
pretendido. A avaliação é um aparelho
para colher evidências a propósito da aprendizagem do aluno que podemos aproveitar
para aperfeiçoar e fazer análises sobre a aprendizagem. Quando as atividades de
aprendizagem se alistam diretamente com os objetivos de aprendizagem e as
avaliações aferem com perfeição o que os alunos estão aprendendo, é mais simples
alcançar seus objetivos. É necessário manter
a conexão entre o que você ensina e avaliar o mais equivalente admissível, para
que os alunos avançam em direção aos objetivos de aprendizagem. Para tanto, para
utilizar a avaliação para melhorar a aprendizagem dos alunos, os professores
precisam ser conscientizados da precisão de tal progresso e da avaliação do
papel que devem exercer neste processo. Neste ponto de vista é importante que o educador busque
maneiras para volver a avaliação uma ferramenta complementar da aprendizagem,
ao invés de descontextualizar o ensino, a avaliação deve cumprir o papel de
produzir um cenário prazeroso e atraente. A
avaliação influencia todos os aspectos da educação dos alunos as mudanças na mesma
resultarão em transformações na aprendizagem, por isso deve tomar muito cuidado
e reconsiderar as práticas de avaliação, pois dentro da atual estrutura
educacional o aluno é considerado como um produto e o sucesso da avaliação como
a moeda. O que se
observa neste cenário, tanto no ensino básico quanto em outros níveis de
ensino, é que os métodos de avaliação de desempenho dos alunos, têm se
estabelecido basicamente em avaliações somativas(provas). Avalia-se mecanicamente também a disciplina dos alunos,
trabalhos feitos em sala de aula ou em casa, exercícios propostos, dentre
outros. Conforme Luckesi (2011) as provas
muitas vezes não enquadram com o processo de ensino e de aprendizagem. As notas
finais da avaliação são deferidas por meio de soma ou pelas médias, mas,
segundo este autor, as médias consideram os números, as pontuações dos alunos
nas avaliações, e não o aprendizado e desenvolvimento do apreendido. Essa
desarticulação entre as avaliações e a aprendizagem significativa causa insatisfação
e descrédito por parte dos alunos, que por muitas vezes, implica na evasão
escolar. A avaliação na verdade deve contemplar
a melhor quantificação possível dos potenciais dos alunos. Cada educando tem sua
própria capacidade de aprender. A avaliação é uma chance de exteriorizar a
aprendizagem, deve ser um mecanismo que possua caráter significativo no
processo de ensino e de aprendizagem, cujo resultado ultrapassa a mera
reprodução dos conteúdos estudados em sala. Ao avaliar os alunos, o professor
deve na medida do possível, considerar as diferenças e níveis de aprendizagem
de cada um.
NOVAS FORMAS DE AVALIAR
Games: Os games educativos permitem
aos alunos que aprendam o tempo inteiro enquanto jogam, na medida em que vão
passando de fase ao contrário de uma prova tradicional. Cada estudante tem seu
próprio ritmo de aprendizagem, o que traduz o grau de cada um.
Desafio: O
professor dá uma missão para o aluno e ele, com as habilidades que vem
desenvolvendo na escola, precisa resolvê-la. Essa missão pode ter inúmeras
características. A cada contato entre empresa e aluno, uma missão é dada e o
aluno é desafiado a conclui-la. Na escola, o desempenho dos alunos nessas
missões podem ser considerados para compor sua nota na disciplina mais cabível.
A intenção é fazê-los sair de suas zonas de conforto e desenvolver regras de
convivência, trabalho em equipe e autoconhecimento.
Badges e pontos: Os
badges (em um paralelo simples, como se fossem medalhas dos escoteiros) vêm se
popularizando como um mecanismo de recompensa em jogos casuais e redes sociais na
qual o usuário faz um check-in e, por isso, ganha pontos a cada lugar em que
marca onde está. Transportados à educação, os badges podem ser usados para
demonstrar a conclusão (bem sucedida) de uma atividade.
Trabalhos reais: O
incentivo aos estudantes para que saiam para fora da sala de aula e realizem
trabalhos de verdade.
Lideranças virtuais: Criação de
vídeos virais, escrever textos ou publicar seus próprios blogs etc. Contar com
a internet e as tecnologias móveis para potencializar o talento de seus alunos.
Talentos: Ao contrário dos
pontos oferecidos apenas para as atividades realizadas na escola, a avaliação
não vem dela, mas do cotidiano desses jovens, do mundo real deles.
Personalização: A
avaliação precisa ser personalizada ao aluno, não padronizado para o
sistema. O ambiente virtual entrega o conteúdo aos alunos de diferentes
formas e lhes propõe atividades ou exercícios, de acordo com o desenvolvimento
de cada um.
Portfólios virtuais: Os
estudantes reunem suas produções – sejam músicas, desenhos, textos, vídeos etc.
Esses materiais podem ser hospedados em um blog, na intranet da faculdade e da
escola ou até mesmo em programas gratuitos adotados pelo professor
para compartilhamento de arquivos.
(8 formas de avaliar sem ser por múltipla
escolha)
https://www.porvir.org/8-formas-de-avaliar-sem-ser-por-multipla-escolha/
Rubrics: ferramenta de avaliação ou um
conjunto de diretrizes utilizadas para promover a aplicação consistente de
expectativas de aprendizagem. São usadas
também como instrumentos de pontuação para determinar as notas ou o grau em que
os padrões de aprendizagem foram demonstrados ou alcançados pelos alunos.
Reflective journals: são registros pessoais das experiências de aprendizagem dos
alunos. Revistas
reflexivas e registros de aprendizagem podem ser úteis como uma ferramenta de
ensino e aprendizagem. Qualquer formato pode ser adotado
em qualquer disciplina onde você pode determinar.
“Uma aprendizagem mais profunda pode levar a novas
dimensões do eu interior dos alunos.”
REFERÊNCIAS
LUCKESI, C. C. Por uma prática
educativa centrada na pessoa do educando. Revista ABC EDUCATIO, n. 60,
p. 22 – 25, out. 2006.
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